domingo, 18 de abril de 2010

Beber o vinho


Para beber vinho numa chávena cheia de chá é necessário, primeiro deitar fora o chá para depois beber o vinho.

Simples!
Porque complicamos?
Tomaríamos o chá, mesmo sem querer tomar e depois deberíamos o vinho. O monge ZEn simplesmente deita fora o chá e toma o vinho.

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Eu estou viajando muito e fico impossibilitado de procurar um texto para postar aqui. Peço desculpas aos blogueiros, mas quando estiver fixo num local, voltarei a movimentar o blog.
Namaste

quinta-feira, 18 de março de 2010

Faça uso do que é BOM




Estou lendo um livro muito interessante de Jack Kornfield, e fala sobre a natureza humana e sua complexidade, em especial de alguns mestres dos quais ele estudou o ZEN Budismo. E que ele usou um de princípio muito importante que é: Faça uso do que é BOM.

Segue um relato de Jack Kornfield

Depois de estudar com meu primeiro mestre, Achaan Chah, que tinha uma conduta impecável e era, de muitos modos, um guru exemplar, cortês, perspicaz e amoroso, participei de um retiro de um ano, estudando com um famoso mestre birmanês. Era um velho rabugento e desmazelado que jogava pedras nos cachorros, fumava charutos birmaneses e passava as manhãs lendo jornal e conversando com as mais belas das jovens monjas.

Nas conversas particulares, era um mestre esplêndido. Depois de treinar milhares de discípulos, ele era realmente um hábil guia para a meditação interior. Mas quando o vi em outras situações, fiquei cheio de dúvidas, pensando: "Ele não pode ser iluminado". Passaram-se semanas de luta interior até que comecei a ver que ele era um grande mestre de meditação, mas, sob outros aspectos, um mau exemplo.

Percebi que eu podia usar o que era bom, sem precisar comprar todo o pacote. Não era preciso que eu imitasse esse homem. A partir de então afeiçoei-me bastante a ele.

Penso nele, hoje, com afeto e gratidão. Eu não gostaria de ser como ele, mas estou agradecido pelas muitas coisas maravilhosas que me ensinou.

Namaste


Eu não estou conseguindo postar comentários. Não sei qual que problema. Vou tentar resolver com o google.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Efeito Halo


Para fazer uso do que é bom, precisamos reconhecer um princípio do sábio de relacionamento com a realidade e livrar-nos do efeito halo.

O efeito halo é aquela suposição não-questionada de que, se um mestre de meditação ou instrutor espiritual é bom em uma área, então será bom em todas as áreas; se ele conhece tudo sobre a visão interior, então também conhecerá tudo sobre educação infantil ou mecânica de automóveis.

É fácil ver essa fantasia representada repetidamente nas comunidades espirituais.

Um casal deslumbrado pediu conselhos sobre parto ao seu mestre, um famoso lama tibetano.

Ora, esse lama era um celibatário, criado num mosteiro, que nada sabia do assunto. Mas deu ao casal alguns conselhos que ouvira do folclore nas montanhas do Tibete. Baseado em seus conselhos, o casal tentou um parto caseiro nas montanhas, com resultados desastrosos — mãe e filho quase morreram.


Outro discípulo seguiu um carismático guru indiano, cujo poderoso amor e ensinamentos trouxeram grande alegria e paz à sua vida.

Esse discípulo era gay e vivia uma relação de proteção e comprometimento há mais de dez anos; quando, mais tarde, o guru lhe afirmou que toda homossexualidade era um terrível pecado que levava ao inferno, sua vida quase foi destruída.

Seu relacionamento se rompeu. Retomaram a culpa secreta e o ódio de si mesmo que haviam atormentado sua vida desde a infância.

Afinal, com ajuda externa, ele chegou a perceber que, embora pudesse lhe transmitir visões e maravilhosos ensinamentos de meditação, o guru era completamente ignorante sobre a homossexualidade.

Só ao tomar consciência disso é que ele foi capaz de, com igual bondade, manter os ensinamentos que tanto valorizava e sua vida particular.

Podemos ver, repetidas vezes, como uma dimensão da vida não traz automaticamente sabedoria para outras dimensões. Cada mestre e cada prática têm seus pontos fortes e suas fraquezas.


Assim é a vida.


Namaste


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Quando usar um KOAN?



O Koan é um jogo que surgiu das escrituras sagradas de monges zen budistas e pode ser traduzido como mudança de atitude.

Cada Koan ou pensamento representa uma janela para entender a vida sob um novo olhar, uma nova perspectiva, e envolvem sempre um estado meditativo.

Usar o Koan é reformular conceitos e julgamentos que não trazem felicidade.

Pouco difundido no Brasil, o Koan é praticado por mestres e alunos zen budistas e utilizado como método terapêutico.

Algumas respostas podem parecer estranhas e mesmo que não respondam sua pergunta imediatamente, é importante guardar o pensamento e esperar, pois sua intuição lhe mostrará o caminho.

Namaste

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

EU ERA BORBOLETA...


Certa vez o mestre taoista Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta, voando alegremente aqui e ali. No sonho ele não tinha mais a mínima consciência de sua individualidade como pessoa. Ele era realmente uma borboleta. Repentinamente, ele acordou e descobriu-se deitado ali, uma pessoa novamente. Mas então ele pensou para si mesmo:
"Fui antes um homem que sonhava ser uma borboleta, ou sou agora uma borboleta que sonha ser um homem?"


Namaste

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

EQUANIMIDADE


Durante as guerras civis na China feudal, um exército invasor poderia facilmente dizimar uma cidade e tomar controle. Numa vila, todos fugiram apavorados ao saberem que um general famoso por sua fúria e crueldade estava se aproximando. Todos excepto um mestre Zen, que vivia afastado.

Quando chegou à vila, seus batedores disseram que ninguém mais estava lá, além do monge. O general foi então ao templo, curioso em saber quem era tal homem. Quando ele lá chegou, o monge não o recebeu com a normal submissão e terror com que ele estava acostumado a ser tratado por todos; isso levou o general à fúria.

"Seu tolo!!" ele gritou enquanto desembainhava a espada, "não percebe que você está diante de um homem que pode trucidá-lo num piscar de olhos?!?"
Mas o mestre permaneceu completamente tranquilo.

"E você percebe," o mestre replicou calmamente, "que você está diante de um homem que pode ser trucidado num piscar de olhos?"
Namaste



domingo, 17 de janeiro de 2010

OCEANO



“Experimente ser como um oceano. Vá tão profundo quanto quiser nessa viagem. Ondas fortes virão na superfície mas você pode mergulhar e encontrar paz. O oceano é ilimitado. Veja onde o mar encontra o céu. O mar vai fundo, o céu vai alto. Veja o horizonte, quase não dá para ver onde o mar termina e onde o céu começa. Torne seu intelecto tão ilimitado como o oceano. As situações podem surgir na superfície da vida mas você permanece tão inabalável como a quietude do fundo do mar. Isso é possível através da meditação.“ Dadi Janki


Vamos juntar forças, fazendo donativos para o Haiti.
Sejamos solidários.




Namaste