Estou lendo um livro muito interessante de Jack Kornfield, e fala sobre a natureza humana e sua complexidade, em especial de alguns mestres dos quais ele estudou o ZEN Budismo. E que ele usou um d princípio muito importante que é:
FAÇA USO DO QUE É BOM.
Segue um relato de Jack Koprnfeld
Depois de estudar com meu primeiro mestre, Achaan Chah, que tinha uma conduta impecável e era, de muitos modos, um guru exemplar, cortês, perspicaz e amoroso, participei de um retiro de um ano, estudando com um famoso mestre birmanês. Era um velho rabugento e desmazelado que jogava pedras nos cachorros, fumava charutos birmaneses e passava as manhãs lendo jornal e conversando com as mais belas das jovens monjas.
Nas conversas particulares, era um mestre esplêndido. Depois de treinar milhares de discípulos, ele era realmente um hábil guia para a meditação interior. Mas quando o vi em outras situações, fiquei cheio de dúvidas, pensando: "Ele não pode ser iluminado". Passaram-se semanas de luta interior até que comecei a ver que ele era um grande mestre de meditação, mas, sob outros aspectos, um mau exemplo.
Percebi que eu podia usar o que era bom, sem precisar comprar todo o pacote. Não era preciso que eu imitasse esse homem. A partir de então afeiçoei-me bastante a ele.
Penso nele, hoje, com afeto e gratidão. Eu não gostaria de ser como ele, mas estou agradecido pelas muitas coisas maravilhosas que me ensinou.
Este texto me chamou atenção, porque isto acontece todos os dias, tem pessoas que aprendemos com elas, mas não queremos imitá-las.
Boa reflexão!
Namaste
5 comentários:
Depois de alguma quilometragem o bom é parar de imitar e fazer o próprio almagama de nossa alma.
Legal o texto por trazer a questão da imperfeição humana.
beijo
Não acredito em bem ou mal e sim em sensinar e aprender cada um veio fazer sua história o melhor que puder...podemos escolher como fazer, paz.
Seguimos sempre na mesma jornada...
Feliz ano novo!
Forte abraço
By
Marcos amigo da alma,
Sempre BOM é a grande meta.
Fica na alma a lembrança e amadurece o espírito.
Um grande abraço afetuoso
Estoui a ler tuas postagens com calma, uma a uma.
São doses de compaixão com autoconhecimento, pitadas de bondade e grande vontade de fazer o bem.
Mas isso faz parte de alguma religião propriamente dita?
Como disse, estou a ler aos poucos...
Beijo =)
Postar um comentário